Projeto Eco-escolas - Uma Aventura do ambiente (3.º capítulo)
Continuamos hoje a publicação de mais um emocionante episódio da autoria dos nossos eco-repórteres. Aqui fica o terceiro capítulo da autoria de Hugo Batoca, João Alves do 5.º C e do Rodrigo Filipe do 7.º C!
Os gastos de electricidade e a água
Como o fim-de-semana estava a começar, os sete amigos decidiram observar o comportamento das pessoas do bairro onde eles
viviam sobre o consumo de água e luz. Assim, acharam muito estranho que na casa n.º1 estivessem as luzes todas
acesas!
- Vejam! Esta
casa está a ter muito gasto de electricidade! Onde estão os donos? Nem desligaram a televisão!
É UM DESPERDÍCIO TOTAL! – gritou o Francisco.
O menino que vivia nessa casa, e que ia a entrar, exclamou:
- Mas isto é
inacreditável! É a minha casa?! Eu não concordo
que se gaste assim tanta electricidade! Até tenho vontade de sair de casa!
- Upsidupsi!
Aquele menino também não gosta que gastem assim tanta água e eletricidade como nós!
- disse o Salvador
- Pois… ele
devia ser um Super-Eco! E que tal? – perguntou a Matilde.
- Olhem, é o
Rafael da turma 5.ºE! Nós somos do B e ele do E! Vamos tocar à campainha? - perguntou
a Mariana.
- Esquece… não
ouviste o que ele disse? Vai sair de casa! Ouvi dizer que ele é um perito em
desporto! Sabem, tem truques na manga e é muito ecológico! - afirmou a Matilde.
- Vamos lá! –
exclamou o Francisco.
- Olá, malta!
O que é que estão a fazer aqui? - perguntou o Rafael.
- Nós somos os teus vizinhos! Já te esqueceste? - perguntou o Tomás.
- O que andam a fazer? - perguntou o Rafael
- Nós estávamos a espiar as casas em que gastam mais electricidade e
água!- respondeu o Francisco.
- Acabei de ter uma ideia!- disse o Tomás.
- Conta, conta!! - disse a Mariana, aos “pulos”.
- Vocês não veem as notícias? Sabem, podemos ir a uma ETAR ver como se
reutiliza a água. - propôs o Tomás.
- Por acaso, como há seca no país, principalmente a sul, podíamos investigar e depois regressávamos a casa do Santiago para fazer
cartazes e alertar a população para não gastar tanta água - disse o Francisco, sempre
com boas ideias.
- Eu acho que é uma boa ideia!- exclamou a Mariana.
Na ETAR, quando foram investigar, encontraram uma coisa muito negativa!
Adivinham?... Quase não havia água!
-Xiii…. Tão pouca água! Está-se a ver que as pessoas tomam duches
longos de 10 minutos, principalmente os bebés! Os pais ADORAM tomar duches
longuíssimos.- comentou o Francisco.
Depois de três horas na ETAR, regressaram novamente à casa do Santiago para
criar folhetos e cartazes para alertar a população.
- Olhem, como vamos organizar a distribuição de folhetos e dos cartazes? - perguntou a Mariana.
- Já sei! Eu, a Matilde e o Santiago ficamos aqui, com Walky-Talky. A
Mariana, o Tomás, o Salvador e o Rafael vão espalhar os folhetos pelas caixas de correio das casas deste bairro e afixamos os cartazes no café, na farmácia e no supermercado. - propôs o Francisco.
- E que tal se visitássemos o Alentejo? – propôs o Rafael.
- Vamos pedir ao meu tio Samuel para nos levar ao Alentejo. - acrescentou
o Tomás.
- Bela ideia… Mas, sem poluir, como fazemos isso? - perguntou a Mariana.
- Sim, COMO??? - Disse o Salvador.
- Olhem, podemos ir num carro elétrico… O teu tio tem um carro elétrico?
– perguntou o Santiago
- O meu tio? Tem! Mas, onde estavas a pensar que poderíamos ir
primeiro?- perguntou o Tomás.
- À barragem de Santa Clara, em Odemira!
- Vamos lá? - disse o Santiago - Levem os Walky-Talkies!
- Ao Alentejo!
Vamos pedir aos nossos pais …- concordou o Tomás.
Nas férias de
Natal, lá foram eles em viagem nos dias 15 a 17 de Dezembro.
- Oh, meu Deus
do Céu! Plantas cheias de poeira, secas, parece um dos ambientes terrestres
que nós demos nas aulas de ciências naturais … - disse o Francisco.
- Qual? - Intrigou- se a Mariana, que porventura
não prestava atenção às aulas. Fazia recortes de papel para a sua gémea e a Matilde
tentava…. prestar atenção… nas aulas …
- Não sabes? A savana!!! Olha, que coincidência,
é a Filipa do 5.º A! - Disse de repente o Francisco.
- Olá, miúdos! Tudo bem?- perguntou a Filipa.
- O que estás aqui a fazer? – admirou-se o
Rafael.
- Estou aqui a passar o Natal em Odemira.
Aproveitei a “deixa” para ajudar- vos. Bem… ajudar os meus familiares… sabem… eles, por causa da seca estão a tomar anti- depressivos… São os incêndios, é a
seca… Nem vos conto! A horta dos meus avós está a secar! O que vale é que AINDA
choveu um pouco de manhã! - exclamou a Filipa.
- Imagino,
pois!- concordou o Rafael.
- Vamos lá?
Bela ideia! Podes perguntar aos teus familiares para investigar a horta deles?
- perguntou o Francisco que andava aborrecido, porque estava com calor e naquele
tempo estava um sol muito forte.
PASSADO ALGUM
TEMPO… investigaram em muitas hortas… mas… vamos começar pela horta do avô da
Filipa. Formaram dois grupos.
- Xi… Tanta
coisa! Não acredito que o teu avô tenha cerejeiras secas! Imagino o horror! - Exclamou
o Francisco.
- Tomateiros
secos, macieiras secas e os… animais cheios de sede! Quem fez isto?- Perguntou
a Filipa.
- Cheira-me a
esturro…! - exclamou o Rafael.
- Vamos lá ver se encontramos vestígios… Olha, isto é falso! É cartão! Não é um tomateiro… É um tomateiro a
FINGIR!- Exclamou o Francisco- Ó Santiago… Analisa lá isto!
- Ok, Francisco! É mesmo cartão… Deixa-me ver isto… Pus uma caneta daquelas para
mudanças e é cartão verdadeiro. - exclamou o Santiago.
- Ai não… Ai
não…- disse a Matilde.
- Que foi?- perguntou o Santiago.
- Temos de
arranjar um GRANDE PLANO…- comentou o Francisco.
- Já sei!!!
Olhem, lembram-se do que o Francisco disse sobre espiar pessoas?- Começou a
Matilde.
- Sim,
porquê?- Perguntou a Matilde.
Passado algum
tempo… No Café “Simba”, lá eles estavam a comer uns docinhos para o lanche.
- Encontraram algo?- perguntou o Rafael.
- Sim… PLANTAS
FALSAS!- Exclamou a Filipa, que estava furiosíssima!
- Calm down…- comentou o Rafael que tentou acalmar
a Filipa.
- Qual Calm down, qual quê! Estamos a fazer o quê, malta? A fazer ioga ou a salvar o
ambiente?- gritou a Filipa que com isto, ficou um diabo!
- Muahahahahahah!-
riu uma voz estranha.
- O que é
isto? Vamos lá ver!- Disse o Francisco.
- Olá, ladrão!
Quem é você? Já sei! Vamos descobrir quem é!- exclamou a Mariana num tom ameaçador.
- Avô?
És tu o “Falsificador de plantas?”- gritou a Filipa.
- Sou, sim.-
confessou o avô da Filipa.
- Porquê?-
Perguntou a Filipa.
- Já estava a
ficar farto, farto da seca e então, desde aí, tornei-me vilão. – desabafou o avô.
- Nunca mais
voltas a fazer uma coisa destas, ok? - pediu a Filipa.
- Não.- respondeu o avô. - mas temos de encontrar uma maneira de lutar contra esta seca!! Ajudam-me?
Até ao próximo episódio!
Os autores,
Hugo Batoca
Rodrigo Filipe
E João Alves
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